Demitido ou contratado? Se eu fosse uma headhunter que buscasse uma posição em uma empresa de cultura forte e dominante, líder de mercado, em que as principais Soft Skills seriam comunicação assertiva, capacidade para mudar, adaptabilidade, inovação, inteligência emocional, orientação para servir, criatividade e boa interação social com as pessoas, David Braga estaria contratado!

Uma coisa é certa: ninguém é contratado por uma empresa que esteja alinhada com os seus propósitos por pura sorte, mas, sim, pelo esforço e pela dedicação na trajetória da vida.

Woody Allen disse que 80% do sucesso envolve simplesmente “dar as caras”. Nesta primorosa obra, que traz insights para refletirmos como podemos ser nossa melhor versão, pelo profissional que é e pelas mensagens transmitidas na BandNews, David nos inspira, com otimismo, bom humor e muita competência, passos para o desenvolvimento, a fim de atingirmos sempre a nossa máxima performance.

David iniciou sua carreira em Patologia Clínica, acreditando que, na sequência, faria Medicina. Mudou sua rota, com coragem e firmeza, tomou a decisão para buscar novos aprendizados fora do Brasil e partiu para Trinidad & Tobago (Caribe).

Um grande líder aprende com outros grandes líderes. David trabalhou com o Dr. Victor Pardini e, a convite do Dr. Hermes Pardini, assumiu a área de Comunicação, Marketing e Comercial dos exames de DNA no Hermes Pardini. Em seguida, esteve no Grupo AeC, outra grande empresa, como responsável, mais uma vez, pela área do assunto que mais precisamos dominar para nos desenvolver: Comunicação. Reportava-se diretamente ao presidente Cássio Rocha, tendo o privilégio de estar ao lado de outro admirável empreendedor, fortalecendo, dessa forma, seu crescimento profissional.

David morou também em Angola e em Londres, o que nos mostra a importância da mudança, adaptação, ousadia, flexibilidade e criatividade. A construção de uma carreira diversificada e, ao mesmo tempo, complementar.

Quando retornou ao Brasil, ele assumiu a área de Marketing e, em seguida, executive search e assessment da Dasein, empresa de busca e seleção de profissionais estratégicos, na qual permaneceu por cinco anos. Posteriormente, recebeu um convite do fundador da Fesa Executive Search, Alfredo Assumpção, e se tornou sócio, realizando o startup da operação em Minas Gerais e na região Centro-Oeste.

Em quarentena, William Shakespeare escreveu uma de suas obras-primas: “O Rei Lear”. Neste momento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), David nos brinda com este raro livro. Talvez não seja coincidência que, em 2015, no ápice da crise macroeconômica pela qual passava o Brasil, ao lado da sua sócia, a linda e competente Bárbara Nogueira, juntos criaram a Prime Talent Executive Search, atendendo clientes de variados portes e culturas, para projetos em toda a América Latina. E, mais que isso, caçando talentos, realizando sonhos e aparelhando as empresas com a melhor mão de obra do mercado. Prova de que crise é oportunidade e ocasião de grandes transformações.

É natural que 2020 desperte-nos insegurança e medo. Tudo está mudando na nossa vida. E, se alguém estiver entendendo o que está acontecendo, é porque não está bem-informado. Navegamos em barcos diferentes, sobre um mar revolto, sem saber o que vem pela frente e que rumo tomar. Amyr Klink escreveu que “o pior naufrágio é não partir”. A crise vai passar, mas é preciso enfrentá-la com coragem e sabedoria. É tempo de soluções inéditas para desafios que nunca pensamos que íamos vivenciar.

Este livro nos apresenta insights de como nos tornarmos mais conscientes de nossas emoções, aprendendo a dominá-las e buscando a agilidade emocional. Nada mais importante que o autoconhecimento. Só assim daremos conta de viver neste ambiente complexo e em constante mudança.

Certas coisas não saem de moda e sempre serão importantes, tanto para os profissionais empregados quanto para aqueles que estão à procura de recolocação. Busquemos o fortalecimento na Inteligência Emocional e sigamos obsessivamente a atualização contínua, entendendo o que é essencial para hoje e amanhã; enfim, aperfeiçoando-nos sempre na evolução pessoal, humana e profissional.

Não espere soluções que venham do governo, do seu chefe ou da empresa. Para ser selecionado pelo caçador de cabeças, é fundamental adotar a postura de autogestão e autodesenvolvimento. Precisamos ser protagonistas da nossa própria história.

A ocitocina é mágica, inspira-nos a realizar coisas que ajudam as outras pessoas. E como é gratificante essa sensação! Principalmente, sabe por quê? Ela comprova a lei do retorno. Faz bem à alma!

Não chegaremos a lugar nenhum somente centrados em nós mesmos. Precisamos praticar cooperação, altruísmo, conexões sadias e alianças estratégicas; ser fortes, plenos de humor, otimismo, boa vontade e cultivar o prazer em cuidar das pessoas.

Sempre é tempo de somar e multiplicar, compondo uma equipe que tenha diversidade de perfis comportamentais, raça, idade e gênero. Investir no conceito da Inteligência Social. Conhecer a si mesmo, entendendo o perfil do outro, aceitando e gerenciando as diferenças.

Aos líderes, contratem as pessoas certas para as empresas certas. Componham a equipe perfeita. Não demitam quem faz a diferença na sua organização. Não existem profissionais perfeitos, mas nós podemos criar uma equipe perfeita.

Não temos espaço para politicagem, cinismo, infidelidade, críticas destrutivas, desconfiança, falsidade, falta de ética e espertezas. Sempre é tempo de respeito humano, diálogo e escuta ativa.

Coloquemos em prática o que de mais nobre e positivo temos dentro de nós. Sejamos construtivos e nutrientes do melhor hormônio que podemos transmitir: o do amor. Somente calibrando bem a nossa ocitocina conseguiremos combater o cortisol, responsável pela baixa energia e dificuldade para seguirmos em frente com coragem e ousadia. E, ainda assim, se o cortisol aumentar, buscaremos ajuda em familiares, amigos, colegas de trabalho e líderes que admiramos e que nos inspiram.

Fazer o simples é difícil. “Viver é muito perigoso”, como escreveu Guimarães Rosa. Não esqueça: desfrute e valorize cada momento e cada detalhe do seu dia. Entenda o verdadeiro significado do propósito. Questione o porquê fazemos o que fazemos e como estamos ajudando a melhorar a vida das pessoas que estão à nossa volta. O propósito é o que nos move e é a energia que nos impulsiona.

Vamos seguir em frente, transformar, buscar novos desafios e realizações. Colocar em prática o accountability, agir, ter atitude, realizar e fazer acontecer. Por isso a frase de Sartre, “o inferno são os outros”. O fato é que, normalmente, não assumimos as consequências de nossos atos. “O inferno são os outros” só reforça que é preciso ter consciência de que somos responsáveis pelas consequências das nossas ações, mas não apenas buscar culpados pelo nosso sofrimento. Aliás, somos responsáveis por tudo o que fazemos e, na clássica lição de Saint-Exupéry, por tudo aquilo que cativamos.

Uma carreira de sucesso deixa um legado. O legado é sua essência, como você é e como será lembrado. Essa construção é para sempre. O legado é, principalmente, a memória afetiva que toca o coração e no deixa boas recordações.

Como headhunter de sucesso que é, qual legado David Braga deixará com suas ações de “caçador de cabeças”? Ele ajuda os profissionais a se recolocarem e acreditarem em si mesmos. Contribui para melhorar a vida deles, aumentando a ocitocina e a dignidade para que sejam felizes no exercício das suas atividades. Ele produziu esta obra.

Parabéns, David, por fazer acontecer o sonho de tantas pessoas e a possibilidade da inclusão delas no mercado de trabalho, dignificando o que os seres humanos, por meio do desempenho profissional qualificado, buscam atingir.

Winston Churchill disse que “o sucesso não é o final, fracasso não é fatal: É a coragem para continuar que conta”. Persistam na busca das suas realizações, privilegiados leitores de David que somos, e apreciem as boas dicas dele para colocarmos em prática o verdadeiro sentido do verbo “esperançar”.

Felicidade é amar o que fazemos. Claro, realizamos também tarefas não empolgantes que até podem ser exaustivas. O importante é fazer e acontecer. Que sua carreira seja o verdadeiro combustível para a sua renovação. Acredite sempre em você. Líderes excepcionais precisam entender como cada peça se move e valorizar a capacidade única de quem se conecta com você. Pratique os ensinamentos de um profissional de excelência como David Braga. Lembre-se do jogo de xadrez. Ninguém jamais ganhou uma partida abandonando o tabuleiro.

Boa leitura e reflexão! Eliane Ramos.

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Eliane Maria Ramos de Vasconcellos Paes é diretora regional da empresa multinacional PI Brasil, representante exclusiva no Brasil da plataforma Predictive Index. É também presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Regional Minas Gerais (ABRH-MG) e conselheira consultiva na ABRH Brasil, além de integrante do Conselho das Mulheres do Brasil. Na ACMinas, exerce a função de presidente do Conselho Estratégico de RH e na Fiemg atua como conselheira de Gestão Estratégica de Pessoas. Eliane Ramos possui mais de 30 anos de experiência, apoiando empresas de variadas culturas e portes quanto a Talent Management. É graduada em Psicologia pela PUC-MG e mestre em Administração Estratégica de Negócios pela Fead e possui formação de Conselheiros de Administração pela Fundação Dom Cabral (FDC).

Outro dia conheci uma estória muito interessante, que expressa muito bem os temas essenciais deste livro: reinvenção, adaptação, inovação, inspiração, mudança ou, seguindo as tendências pós-Covid-19, “novo normal”. Trata-se da trajetória de Madeline Puckette, uma das fundadoras do descolado site Wine Folly (winefolly.com), que revolucionou a maneira como as pessoas se relacionam com o mundo do vinho, por vezes chato e vetusto. Apenas para contextualizar, o Wine Folly tem milhões de acessos mensais e está entre os “top 10” sites de vinhos do mundo na atualidade, sem contar os milhares de seguidores no Instagram e em outras redes sociais. Tudo isso em apenas nove anos, de 2011 para cá.

Madeline, na verdade, não entendia nada de vinhos. Em seu “currículo”, ostentava posições muito diversas de uma sommelière: designer gráfica e produtora de música eletrônica. Isso mesmo que você leu! Ela começou sua trajetória como designer gráfica e, num segundo movimento, aproveitou seu talento como multi-instrumentista (guitarra, piano, saxofone) e ampliou seus horizontes para a produção musical. Aqui vai a primeira reinvenção dela: saber tocar alguns instrumentos lhe abriu perspectivas para se tornar uma produtora de música eletrônica.

Insatisfeita com seu trabalho e desempregada pela severa crise mundial de 2008, Madeline entrou em um bar para “afogar as mágoas”, tendo sido convidada nesse mesmo dia pelo proprietário do bar para trabalhar informalmente no estabelecimento, servindo os clientes e limpando taças. Daí a tomar gosto pelos vinhos foi um “pulinho”. Aconselhada por um amigo, focou suas energias nessa nova paixão e logo estava certificada pela Court of Master Sommeliers. Sua segunda reinvenção!

O sucesso foi consequência e veio de forma exponencial, com várias premiações (sendo duas delas pelo consagrado IWSC – International Wine & Spirit Competition), viagens por todo o mundo, palestras e um grande sucesso editorial com o livro “Wine Folly: O Guia Essencial do Vinho”, publicado em 2013 em vários idiomas e best-seller em vários países, incluindo o Brasil.

O que explica o fato e Madeline e o Wine Folly experimentarem tanto sucesso em tão pouco tempo? Primeiramente, Madeline descobriu, trabalhando no bar, que as pessoas buscavam uma relação descomplicada com os vinhos. Esta foi sua grande sacada: focar em experiências de consumo que de fato fizessem as pessoas gostar de vinhos. Em segundo lugar, ela não se preocupou em dar às pessoas um padrão de “paladar e olfato”, como a maioria dos críticos e das “personalidades” do mundo do vinho tentam fazer ao dizer às pessoas do que elas devem gostar. Seu foco sempre foi ajudar as pessoas a definir por si mesmas quais tipos e estilos de vinho elas de fato gostam. Esse foi o seu “o que?”, chamado por muitos de “propósito”.

Já o seu “como?” (execução) tem tudo a ver com sua “bagagem”, ou seja, as experiências e as competências que ela acumulou em sua trajetória nada ortodoxa e tão diversa. Eu destacaria, além da sua sensibilidade para entender a essência da experiência dos clientes, o seu repertório como designer gráfica, que lhe permitiu traduzir, de forma didática e descomplicada em ilustrações, infográficos e mapas de regiões vinícolas, o intrincado mundo do vinho.

A esta altura, o leitor pode estar confuso, sem saber ao certo se este é um livro sobre carreira e trajetória profissional ou sobre vinhos. Portanto vamos deixar a Madeline de lado e nos voltar ao David.

Autor experimentado, com uma escrita objetiva e argumentação precisa, David nos brinda neste seu livro com um verdadeiro “road map” sobre temas ligados à carreira e à vida profissional, úteis aos jovens que estão no início de sua trajetória e também aos não tão jovens assim, mas que buscam se reinventar. Profissional tarimbado, com uma trajetória muito bem-sucedida, David nos traz uma visão muito ampla e provocativa sobre temas essenciais para qualquer profissional, fruto de anos de experiência como headhunter e colunista. E, para quem não sabe, assim como Madeline, David também se reinventou: trocou uma carreira de sucesso na área de Marketing pela carreira de Recursos Humanos.

Reinvenção: eis a palavra-chave, seja para uma empresa, seja para um profissional. Ao longo da minha trajetória de mais de 30 anos no mundo corporativo, presenciei várias situações nas quais saber se reinventar foi o ponto de inflexão entre o sucesso e o fracasso. Confesso que eu algumas vezes critiquei quem queria mudar rapidamente. Outras vezes, fui criticado por querer “reinventar” algum processo ou algum negócio. Afinal, reinventar, mudar, transformar são verbos que trazem junto de si o adjetivo “difícil”.

Assim como Madeline teve a grande sacada de entender o que seus clientes queriam, David teve a sua grande sacada: compilar em um livro, de forma descomplicada e didática, tudo o que um profissional deve considerar para se reinventar em sua carreira. Abordando temas como liderança, protagonismo, mudança, autoconhecimento, disrupção e até mesmo felicidade, ele nos provoca o tempo todo, tirando-nos da nossa zona de conforto. Por várias vezes, ao longo do livro, tenho a certeza de que você vai se perguntar: Será que este sou eu? Será que isto tem algo a ver comigo? E, por mais que os verbos reinventar, mudar e transformar tragam consigo o adjetivo “difícil”, conforme já escrevi acima, David nos mostra em sua narrativa que talvez não seja tão difícil assim.

Um mundo em pandemia em que vivemos hoje, com muito mais perguntas do que respostas, molda um contexto muito favorável para as reflexões a que este livro se propõe. Num ambiente tão contaminado por “profetas do Pós-Covid-19”, soluções mágicas para enfrentar a crise, consultores e “engenheiros de obras prontas”, “lives” sobre tudo e sobre todos e muito blá-blá-blá, é instigante ter em mãos um livro que nos provoca sobre o nosso papel e nossa carreira. E com um grande mérito: David não nos diz o que fazer – ele nos provoca a refletir sobre quem queremos ser.

Não importa muito se neste mundo que se apresenta você vai trabalhar em home office, em escritórios ou em hubs. Também não fará muita diferença se você vai trabalhar como CLT ou outro tipo de vínculo qualquer. Se vai ter empregos ou projetos. Se terá chefes ou será chefe de alguém. O que importa mesmo é se você é a pessoa certa, no local certo, fazendo o que gosta e se realizando plenamente com o que faz e sobretudo construindo um legado. Mas, para que isso aconteça, só há uma certeza: reinvenção, adaptação, inovação, inspiração ou mudança são substantivos abstratos que, obrigatoriamente, devem estar no seu currículo. E de forma muito concreta!

Um abraço, Paulo Emílio

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Paulo Emílio Lima Carreiro é vice-presidente executivo da Fundação Dom Cabral (FDC), tendo passado por várias áreas de negócios da FDC ao longo de sua carreira na instituição. Atualmente ele responde pelas áreas de Pessoas; Marketing e Comunicação; Financeiro e Infraestrutura. Inicialmente ele construiu sua trajetória profissional em empresas como Localiza e Shell Brasil, totalizando mais de 30 anos de repertório de culturas, modelos de gestão e setores variados. Paulo Emílio é também membro dos Conselhos da Araújo Fontes, da Bem Brasil Alimentos e da Alstra Technologies. Ele possui graduação em Administração de Empresas pela UFMG, mestrado em Administração com ênfase em Marketing e Planejamento Estratégico pela UFMG e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral.